quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Relatório Spitfire 2 - Colestrol propulsor - 1ªemissão

Há lutas que se debatem para lá da nossa percepção. Os poderes, as potestades, não são unânimes, digladiam-se entre si numa batalha eterna e invisível pela sobrevivência, e o domínio planetário, se o vento soprar de feição.
Esta que os americanos e os ingleses têm travado deve ser das piores, porque usa o melhor do conhecimento, ciência e tecnologia. Camaradas, lembram-se da Primeira, que pareceu mal a tanta gente? Definitivamente estamos na Terceira, e vão haver feridos graves, muito graves.

Como chegámos a isto de atacá-los pela barriga? Antes fosse por trás - e os espanhóis já o fizeram (outras batalhas, para serem contadas por outras velas ardidas até serem coutos) – agora pela barriga?

Os americanos comem de mais. Não culpemos todos os ianques, mas sem dúvida que alguns deles têm culpa. Não é só colesterol que está em causa, estamos aqui a falar de aniquilação global.

Oh, por onde começar?! Tanta verdade a sair-me dos orifícios! – a vela aviva um pouco. Não vos quero esconder nada, sem medo dos termos técnicos e dos pormenores decisivos. Confiem em mim, eu tenho uma licenciatura.

Demonstrarei toda a verdade através de um powerpoint. Bom, agora não tenho meios para isso, pelo que terei de demonstrar a verdade com cálculos e esquemas processados à mão.

Sabemos que a terra é habitada por pessoas, que vivem em cima dela. Alguns conseguem viver de pernas para o ar, como na América do Sul, porque lá as pessoas são pegajosas, e como tal, não caiem.


A distribuição das pessoas assegura que a terra mantém-se num perfeito equilíbrio de cinco pontas. É das leis de Newton que se tira esta conclusão tão simples quanto óbvia, e que nos faz dormir descansados e com esperança.

Temos no entanto boas razões para desconfiar que há vontades a militar pela desestabilização deste equilíbrio. Como?
Visualizemos a figura explicativa e conjuguemo-lo com a inexorável lei de Newton.


É verdade, se os americanos continuarem a engordar e os africanos e os chineses continuarem a emagrecer, a Terra vai descair para a direita e para baixo, sentido su-sueste. A Terra descaída da sua órbita? Isso não pode ser bom…

Mais uma vez descansamos nos braços nos bifes para desembarcar nas Normandias do Mal e salvar o mundo. Mas como? Os ingleses são tão poucos, por mais que invistam em comer, nunca igualarão a obesidade americana. Mesmo que fossem, a gastronomia inglesa não bate a eficácia letal de um BigMac. Ou pensam que os MacDonalds polvilham este planeta por acaso? Nunca se perguntaram porque é que na Europa, a marca disponibiliza sopas, menus mediterrânicos, saladas, e outras coisas que como arma nesta luta, só nos atrasam. O General Ronald MacDonald é astuto, e apraz-se do confronto China-Senegal (agora não é o momento para falar sobre isso), que só emagrece os nossos mais importantes aliados contra este Mal. Tantos e tão leves…

Camaradas, temos de nos aliar nesta luta para repor a Terra no seu lugar. Os ingleses fizeram a sua parte. Criaram as companhias low-cost e construíram uma data de aeroportos, ambos estratégicos nesta luta, seja para trazer turistas americanos a este lado do hemisfério para assim repor o fiel da balança, mas também manter os americanos no ar, não sujeitando o planeta à acção das forças produzidas pelo seu peso. Há grande mérito nestes nossos camaradas, que neste momento estão já preparados para lançar aviões da EasyJet contra o MacDonalds Headquarters.
Mas temos de combinar reuniões em que possamos dialogar para arranjar formas de contribuir para esta luta. Ou a Terra não voltará ao lugar!

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